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sábado, 4 de outubro de 2014

CONVERSAS COM ANIMAIS



 Assisti com gosto ao lançamento do livro “Conversas com Animais” da Marta Sofia Guerreiro, uma médica veterinária “que comunica com os animais e cura os seus donos”. Na pequena cidade de Reguengos de Monsaraz, no ainda mais pequeno centro de apoio educativo que tenta promover novas referências para a educação das gentes. Foi um encontro muito agradável, de vinte e tantas pessoas. A energia de compreensão e amor aos animais foi-se adensando à medida que a sessão, moderada por Felippa Lobato, avançava.

A jovem veterinária falou com simplicidade e em tom amoroso da sua relação com os animais, o muito que lhe ensinam todos os dias e da emocionante dedicação que a maioria deles sente pelos seus donos (cuidadores), estando dispostos a dar a vida por eles.
Seguiu-se a tertúlia, troca de experiências pessoais, gente comovida pela partida recente ou distante de um animal de estimação. Num país onde as audiências são em geral apáticas, fiz e ouvi testemunhos diversos, perguntas, o ênfase sempre posto no respeito e amor com que os animais devem ser tratados e a nossa grande ignorância e falta de reconhecimento ainda pelo papel que estes nossos companheiros de rota desempenham durante a residência conjunta na Terra.

É certo que já vão surgindo, entre os humanos terrestres, núcleos de consciência mais elevada em relação aos animais, mas sinto que ainda nos falta muito colectivamente para um padrão comportamental aceitável nesta área. Ele há-de, contudo, surgir e ganhar força em definitivo com a energia dos novos paradigmas de um Mundo Novo assente nos valores do feminino da alma.

Os factos relatados passaram-se,,como disse, num pequeno centro educativo duma cidade do interior. O produto da venda do livro destina-se integralmente a financiar cuidados com os animais.

A bem de uma Consciência Maior.

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Memória de Einstein (em jeito de poema)
Para os meus netos e todas as crianças do mundo

o meu  cão chamava-se Einstein  
era um animal belo e imponente  
longo pelo louro focinho pontiagudo 
olhos de mel naturalmente maquilhados

o meu cão destilava amor   
o meu cão era a canificação do amor 
até quando ladrava  
amava as crianças e amava-nos a todos 
não largava a Vovó
que o apaparicava às escondidas 
comida sempre fresquinha nada de latas

um dia o meu cão fugiu  
pedia-lhe o corpo o instinto 
andou milhas nas praias próximas 
sabe-se lá em que andanças se meteu 

gritei por ele nas ruas da vila 
ecoava o seu nome de sábio
na minha voz inquieta 
pelas ruas  vielas  à entrada dos prédios 
pelos terrenos baldios  postos de gasolina

nada

um dia voltou pela manhã 
montinho de areia sobre o nariz afilado 
corpo exausto  olhar culpado  
dormiu dois dias a fio  
e nunca mais fugiu

viveu muitos anos  rei do nosso jardim 
até que doente e velhinho 
a uivar de dor noites sem fim 
decidimos que partisse

despediu-se de todos 
arrastado o corpo enfermo
até cada um
o focinho longo e quente
encostado às nossas lágrimas
pela última vez

a memória do meu cão
eleva-me a consciência  

Einstein sumptuosa dádiva  
companheiro incomparável 
não te soubemos reconhecer
devidamente
no teu dia próprio)e instein os reconhecer devidamente no dia prmo atm  decidimos que partissecinho pontiagudo  olhos de mel naturalmente maquilha





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