A sua alma quer subir aos céus, sob a forma de estrela. Ou talvez de sopro ou de som aflautado, um caminho esguio e sinuoso que ninguém testemunhasse.
A sua alma não quer prosseguir privada do encantamento próprio das uterinas águas donde emergiu, a sua alma sente-se quetzal privado do voo livre.
A sua alma desenganou-se no cansaço das utilizações e das explicações e dos sábios e dos mestres. Está em debandada, na agonia de mil sombras que se esgatanham algures no background desta cena toda.
Todas as noites, a tempestade se intensifica e o recuo é maior, todos os dias o gesto perde fogo, a voz o timbre mágico, baixa uma secura tersa, limada, a aderir aos átomos do corpo sem retorno possível.
Sempre ao borde delas, mas não há lágrimas.
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