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segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

FLYING OVER A CUCKOO’S NEST




Sou filha do Universo.

Confundem-se em mim estranhas combinações advindas com certeza de origens diversas e ainda longínquas para a Terra… A Terra onde hoje se vive uma agenda negra e sem esperança. A par desta, contudo, sinto que corre em silêncio uma outra história, dissociada das acções imediatas da humanidade terrestre, um agendamento maior integrado no todo, nos ciclos imparáveis da vida e da morte que depois é vida e a seguir é morte para logo ser vida renascida.

Aquilo que ocorre subjacente à vida de superfície tranquiliza o meu corpo emocional e empresta o único sentido possível para eu estar aqui neste momento transformacional, tempo de síntese e ascensão vibratória para aqueles que as puderem e souberem permitir.



Sempre ocorreram milagres na minha vida. Ou seja, princípios/formulas desconhecidas pelo estabelecido permitiram muitas vezes e de modo inesperado que a improvável saída dos problemas ocorresse. Nunca a mente soube explicar bem estes “fenómenos”, mas algo de muito central/centrado em mim os recebeu, de cada vez, como naturais. Na hora que passa, acentua-se gradualmente a minha ligação consciente a esse nível vibratorio para onde sinto que desce de modo imparável um esplendor sem fim, inerente à própria Vida nas suas ilimitadas possibilidades.

Escangalham-se os acordos, caiem as instiutições – pilares paradigmáticos do mundo tal como o sabemos – esboroa-se o estado social, volatilizam-se como num pesadelo as condições de vida e sobrevivência de milhões, após séculos de duras lutas, sociais e políticas. Ninguém sabe para onde se caminha, mas as previsões são negras.



Algo está, contudo, a mudar em mim pois esse cenário desconhecido não me inquieta. Caminho com a hora que desce sobre o meu ser em escuta, na humildade de nada saber ao certo, entregue e confiante na Vida Maior. Viro-me mais e mais para esse interior inexplorado onde, suspeito, vivem as chaves da salvação. Esse centro cristalino donde emergem as pontes dos afectos, da solidariedade, do impulso artístico e de um canto quente e húmido como o pulsar da vida.

4 comentários:

  1. Eloquente e extraordinário pensamento a endogenamente iluminar esse pulsar da vida. Agarremo-nos a essa boia salvadora nestes tempos de tão telúricos prognósticos. Bem Haja Mariana pela partilha dos registos que o seu coração e alma vão ditando. Aconchegado Natal e Luz , muita no novo Amanhecer. Abraço da
    Vi Cardoso Lopes

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  2. Mariana, sinto assim como você uma vida paralela que ocorre onde residem as infinitas possibilidades...
    Adorei ler sua escrita hoje.
    Um abraço
    Astrid Annabelle

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  3. Obrigado, Vi e Astrid pelas vossas palavras calorosas.
    Um abraço para as duas
    Mariana Inverno

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  4. É mesmo... está tudo virado do avesso, e como é que de alguma forma sentimos dentro de nós a encontrarmos um novo equilibrio? Será que é assim que começa uma nova era no sentido verdadeiro?

    Entretanto... "you have to know to ride with the wave"...

    Astrid

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