Sou filha do Universo.
Confundem-se em mim estranhas combinações advindas com certeza de origens diversas e ainda longínquas para a Terra… A Terra onde hoje se vive uma agenda negra e sem esperança. A par desta, contudo, sinto que corre em silêncio uma outra história, dissociada das acções imediatas da humanidade terrestre, um agendamento maior integrado no todo, nos ciclos imparáveis da vida e da morte que depois é vida e a seguir é morte para logo ser vida renascida.
Aquilo que ocorre subjacente à vida de superfície tranquiliza o meu corpo emocional e empresta o único sentido possível para eu estar aqui neste momento transformacional, tempo de síntese e ascensão vibratória para aqueles que as puderem e souberem permitir.
Sempre ocorreram milagres na minha vida. Ou seja, princípios/formulas desconhecidas pelo estabelecido permitiram muitas vezes e de modo inesperado que a improvável saída dos problemas ocorresse. Nunca a mente soube explicar bem estes “fenómenos”, mas algo de muito central/centrado em mim os recebeu, de cada vez, como naturais. Na hora que passa, acentua-se gradualmente a minha ligação consciente a esse nível vibratorio para onde sinto que desce de modo imparável um esplendor sem fim, inerente à própria Vida nas suas ilimitadas possibilidades.
Escangalham-se os acordos, caiem as instiutições – pilares paradigmáticos do mundo tal como o sabemos – esboroa-se o estado social, volatilizam-se como num pesadelo as condições de vida e sobrevivência de milhões, após séculos de duras lutas, sociais e políticas. Ninguém sabe para onde se caminha, mas as previsões são negras.
Algo está, contudo, a mudar em mim pois esse cenário desconhecido não me inquieta. Caminho com a hora que desce sobre o meu ser em escuta, na humildade de nada saber ao certo, entregue e confiante na Vida Maior. Viro-me mais e mais para esse interior inexplorado onde, suspeito, vivem as chaves da salvação. Esse centro cristalino donde emergem as pontes dos afectos, da solidariedade, do impulso artístico e de um canto quente e húmido como o pulsar da vida.
Eloquente e extraordinário pensamento a endogenamente iluminar esse pulsar da vida. Agarremo-nos a essa boia salvadora nestes tempos de tão telúricos prognósticos. Bem Haja Mariana pela partilha dos registos que o seu coração e alma vão ditando. Aconchegado Natal e Luz , muita no novo Amanhecer. Abraço da
ResponderEliminarVi Cardoso Lopes
Mariana, sinto assim como você uma vida paralela que ocorre onde residem as infinitas possibilidades...
ResponderEliminarAdorei ler sua escrita hoje.
Um abraço
Astrid Annabelle
Obrigado, Vi e Astrid pelas vossas palavras calorosas.
ResponderEliminarUm abraço para as duas
Mariana Inverno
É mesmo... está tudo virado do avesso, e como é que de alguma forma sentimos dentro de nós a encontrarmos um novo equilibrio? Será que é assim que começa uma nova era no sentido verdadeiro?
ResponderEliminarEntretanto... "you have to know to ride with the wave"...
Astrid