Número total de visualizações de páginas

sábado, 24 de setembro de 2016

CLARIDADE ROSA



Vestiu-se de rosa, como a luz que às vezes se vislumbra entre os muitos cambiantes da claridade moribunda do ocaso.

Como se quisesse estancar o palpitar do tempo, na roupagem condizente com a paz que alcançara dentro, e reter em si o momento fugidio que passava. 

MONTSERRAT GUDIOL
Estabelecera unidade permanente entre este e aquilo que queria perdurasse, em glória inalterável, transportado no seu ser como marca permanente, cântico de fundo, soberano e belo como o que passa à eternidade.

Vestida de rosa, iluminada de dentro por um clarão cuja fonte permanecia no reino impenetrável dos mistérios, levava em si, por entre o obscurantismo assassino dos dias, o efémero momento, plasmado com amor e determinação no corpo frágil e no coração heroico.

Cruzei-me com ela, sonhei-a talvez, vislumbrei a magia dos seus passos ressonantes nas trémulas gotas de orvalho, na manhã húmida e irreal.

Deixou de estar só.

A palavra de oiro constrói pontes indestrutíveis com a eternidade...

Sem comentários:

Enviar um comentário