"NASCEMOS
PARA AMAR,
MAS
TUDO O QUE AMAMOS
É
TEMPORÁRIO."
George
Saunders
Como
Saunders escreve, tudo é temporário, a começar por nós próprios, manifestados
aqui nesta densa 3ªdimensão, a consciência velada por muitos filtros e com
vidas em geral ensombradas por enigmas que não conseguimos descodificar.
A
Física Quântica começa a ajudar-nos a compreender um pouco mais como tudo
quanto realmente existe para os seres encarnados é o presente, no qual o
passado e o futuro são meras abstracções/projecções da mente linear. Se só o
presente realmente existe e nele, se quiserem, vive a junção do dito passado
(sob a forma de memórias e marcas deixadas no ser) com o potencial futuro
(desdobrável em múltiplas rotas alternativas). Ambos, passado e futuro, SÃO aqui
e agora no Presente e essa é a única realidade palpável e verdadeiramente
existente para cada um de nós. É no reino da memória que o temporário se
encaixa e a memória vive no Presente. Logo, no Presente sentimos a
transitoriedade e o aparente finito das manifestações de vida, dos afectos e
que os comportamentos relacionais são sempre a prazo.
Nada
é bom ou mau, tudo É, na maia em que persistimos.
A
projecção mental, individual e colectiva, levada a cabo neste plano, é um mero
reflexo, relativo e frequentemente distorcido do que se passa a níveis
profundos da Vida onde a criatividade radica. Ao cimo da Terra, vivemos e
funcionamos mentalmente na dualidade que é um dos maiores desafios ao nosso
verdadeiro progresso interior. Somos actores num tempo-espaço próprios da
vibração em que nos encontramos interligados nesta dimensão, mas o processo
criativo emana de níveis muito profundos a que a consciência actual não tem
acesso e onde esse conceito de tempo-espaço não se aplica (importante ler
Planck e a sua constante h).
A
reprogramação mental funciona...temporariamente. Só o trabalho na consciência
nos faz avançar verdadeiramente pois permite a integração plena dos
ensinamentos que a vida nos vai proporcionando e, desejavelmente, nos conduzirá
um dia à integração dos opostos, ultrapassando a dualidade.
Somos,
creio, efectivamente avatares, mestres de nós próprios, pois nada nos pode
treinar/ensinar mais adequadamente do que a nossa própria experiência
integrada. O ego, órgão regulador sem qual não existimos, tem sido contudo no
estádio actual da humanidade elevado no ser
a uma "categoria hierárquica" que lhe não pertence, daí a
involução que a muitos níveis se nota.
Ultrapassar
os níveis actuais de profundo sofrimento na Terra tem de ser o objectivo
central da nossa actuação e isso só se conseguirá através da alteração do
paradigma central que comanda a nossa existência. Essa mudança nunca poderá vir
de fora para dentro, como a política tenta levar a cabo, mas terá de ir
irrompendo da consciência trabalhada de cada um (palavras-chave para o
processo: humildade, estudo aplicado do conhecimento mais avançado, vigilância
do ego, inteligência emocional, entrega ao processo criativo individual e
colectivo, compaixão, coragem, escuta interna, não competição...e tantas
outras).
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