Número total de visualizações de páginas

domingo, 1 de março de 2020

NASCEMOS PARA AMAR

"NASCEMOS PARA AMAR,
MAS TUDO O QUE AMAMOS
É TEMPORÁRIO."
George Saunders



Como Saunders escreve, tudo é temporário, a começar por nós próprios, manifestados aqui nesta densa 3ªdimensão, a consciência velada por muitos filtros e com vidas em geral ensombradas por enigmas que não conseguimos descodificar.
A Física Quântica começa a ajudar-nos a compreender um pouco mais como tudo quanto realmente existe para os seres encarnados é o presente, no qual o passado e o futuro são meras abstracções/projecções da mente linear. Se só o presente realmente existe e nele, se quiserem, vive a junção do dito passado (sob a forma de memórias e marcas deixadas no ser) com o potencial futuro (desdobrável em múltiplas rotas alternativas). Ambos, passado e futuro, SÃO aqui e agora no Presente e essa é a única realidade palpável e verdadeiramente existente para cada um de nós. É no reino da memória que o temporário se encaixa e a memória vive no Presente. Logo, no Presente sentimos a transitoriedade e o aparente finito das manifestações de vida, dos afectos e que os comportamentos relacionais são sempre a prazo.
Nada é bom ou mau, tudo É, na maia em que persistimos.



A projecção mental, individual e colectiva, levada a cabo neste plano, é um mero reflexo, relativo e frequentemente distorcido do que se passa a níveis profundos da Vida onde a criatividade radica. Ao cimo da Terra, vivemos e funcionamos mentalmente na dualidade que é um dos maiores desafios ao nosso verdadeiro progresso interior. Somos actores num tempo-espaço próprios da vibração em que nos encontramos interligados nesta dimensão, mas o processo criativo emana de níveis muito profundos a que a consciência actual não tem acesso e onde esse conceito de tempo-espaço não se aplica (importante ler Planck e a sua constante h).
A reprogramação mental funciona...temporariamente. Só o trabalho na consciência nos faz avançar verdadeiramente pois permite a integração plena dos ensinamentos que a vida nos vai proporcionando e, desejavelmente, nos conduzirá um dia à integração dos opostos, ultrapassando a dualidade.
Somos, creio, efectivamente avatares, mestres de nós próprios, pois nada nos pode treinar/ensinar mais adequadamente do que a nossa própria experiência integrada. O ego, órgão regulador sem qual não existimos, tem sido contudo no estádio actual da humanidade elevado no ser  a uma "categoria hierárquica" que lhe não pertence, daí a involução que a muitos níveis se nota.
Ultrapassar os níveis actuais de profundo sofrimento na Terra tem de ser o objectivo central da nossa actuação e isso só se conseguirá através da alteração do paradigma central que comanda a nossa existência. Essa mudança nunca poderá vir de fora para dentro, como a política tenta levar a cabo, mas terá de ir irrompendo da consciência trabalhada de cada um (palavras-chave para o processo: humildade, estudo aplicado do conhecimento mais avançado, vigilância do ego, inteligência emocional, entrega ao processo criativo individual e colectivo, compaixão, coragem, escuta interna, não competição...e tantas outras).




Sem comentários:

Enviar um comentário