Donald Trump acaba de
anunciar o reforço de tropas junto da fronteira com o México de 2.000 para
7.200, números ainda a ajustar conforme
as necessidades. Objectivo: reprimir as multidões de refugiados, exaustos caminhantes
de muitas semanas e entre os quais muitas e muitas mulheres e crianças,
impedindo-os de entrar no El Dorado da imaginação de quem foge à miséria.
No Brasil, Bolsonaro
promete armar a população, legitimar assassinatos por militares e civis, pagar
ainda menos às mulheres e, salvo erro, esterilizar os pobres. Marine LePen,
Salvini e outros que tal rejubilam com a vitória deste grosseiro rascunho de
chefe de estado, projectando uma aliança política que possa controlar o destino
das nações. O Brexit leva do seu ambiente natural, a Europa, um dos mais
icónicos países da União – querem ser grandes de novo, mais prósperos e sem o
peso da pesada contribuição para o bem comum, querem fazer negócios milionários
e a Europa que se lixe.
Nas empresas e nas famílias, há cada vez maior indiferença aos destinos individuais – às suas dores e adversidade. Uma vez que o desequilíbrio de qualquer ordem ou a doença se instalam, a utilidade do indivíduo é posta em causa e passa a enfileirar as multidões de desempregados ou a ser relegado para o reino do esquecimento, arrumado na prateleira de alguma instituição, entregue à mais profunda e dramática solidão.
Nas empresas e nas famílias, há cada vez maior indiferença aos destinos individuais – às suas dores e adversidade. Uma vez que o desequilíbrio de qualquer ordem ou a doença se instalam, a utilidade do indivíduo é posta em causa e passa a enfileirar as multidões de desempregados ou a ser relegado para o reino do esquecimento, arrumado na prateleira de alguma instituição, entregue à mais profunda e dramática solidão.
A esquerda política
foi vendo os seus objectivos cumpridos no séc. XX e ficou de agenda esvaziada,
agarrando-se actualmente a acordos com os inimigos do passado para preservar
algum poder.
Tudo acelerou, a
memória tornou-se cada vez mais breve, instalou-se o automatismo nos indivíduos
a quem nem passa pela cabeça escrutinar as profundezas do seu ser em busca da
Sombra. Sobrevive-se na superficialidade, no imediatismo, na oportunidade de ganhar mais uns euros ou de ser estrela fortuita
nalgum reality show da televisão. Agora até já se casa sem conhecer a
noiva/noivo. Sucedem-se os desastres
naturais, ninguém sabe se o telhado da casa lhe voará de um momento para
outro. Ou se, num passeio descuidado pelo centro de uma cidade ou aldeia amada,
não se tornará a vítima acidental de um
carrinha ou de um camião guiado por um terrorista ou por um louco.
Despertemos da
insanidade colectiva!
A mensagem da
indiferença instalada – com todas as suas consequências - clama a gritos que acordemos
para o trabalho de consciência, para o colectivo, a prossecução da paz e a
repartição da riqueza. O destino dos humanos terrestres está inevitavelmente
ligado e, se cada um, no seu pequeno núcleo familiar e social, trabalhasse com
empenho na reabitação dos valores fundamentais que promovem o progresso
espiritual da humanidade, todos os outros progressos se lhe seguiriam. Caso
contrário, o avanço tecnológico destituído de qualquer sentimento, mas que era suposto
facilitar a nossa vida, virá a acabar com ela.
Sem comentários:
Enviar um comentário