Vestiu-se de
rosa, como a luz que às vezes se vislumbra entre os muitos cambiantes da
claridade moribunda do ocaso.
Como se
quisesse estancar o palpitar do tempo, na roupagem condizente com a paz que
alcançara dentro, e reter em si o momento fugidio que passava.
MONTSERRAT GUDIOL |
Estabelecera
unidade permanente entre este e aquilo que queria perdurasse, em glória
inalterável, transportado no seu ser como marca permanente, cântico de fundo,
soberano e belo como o que passa à eternidade.
Vestida de
rosa, iluminada de dentro por um clarão cuja fonte permanecia no reino
impenetrável dos mistérios, levava em si, por entre o obscurantismo assassino
dos dias, o efémero momento, plasmado com amor e determinação no corpo frágil e
no coração heroico.
Cruzei-me
com ela, sonhei-a talvez, vislumbrei a magia dos seus passos ressonantes nas
trémulas gotas de orvalho, na manhã húmida e irreal.
Deixou de
estar só.
A palavra de oiro constrói pontes indestrutíveis com a eternidade...
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