Foto: Ryan Jones |
A angústia e a incerteza que se abateram sobre o mundo trazem a humanidade terrestre descentrada, confundida, a cabeça incapaz de digerir com lucidez as catadupas de informação e desinformação que lhe chega, um torvelinho nauseante de vida cada vez mais difícil de levar. De coração apertado, tanto rimos como choramos, tão depressa sentimos toda a solidariedade do mundo como nos distanciamos, aparentemente indiferentes ao que ainda há pouco nos magoava por dentro, pululando de tema em tema - há-os a rodos neste mundo em profunda decadência.
O que se passa, afinal?
Incontestável o caos, o desalinhar do esforço colectivo, largamente ignorante do que se passa nos “bastidores” do mundo, onde os motivos são outros e o empenho maior consiste em manter a humanidade controlada e regulável segundo os requisitos de uma ordem alheia ao que nos é dado conhecer. Não são poupados esforços nesse sentido e mais do que nunca o grande princípio maquiavélico parece aplicar-se: qualquer meio (leia-se mentira, fraude, alucinação, holograma, utilização abusiva dos media, et cetera) serve desde que justifique o fim
Leio os depoimentos, comentários, desabafos e outros de tantos amigos, conhecidos e desconhecidos, e sinto o tormentoso caudal de aflições e incerteza e os seres humanos perdidos de si mesmos, à deriva num mar de dejectos morais, de obsessão em obsessão, esquecidos do essencial.
Uma vez mais, por convicção própria e não por estar alinhada com nenhuma filosofia “New Age”, venho partilhar a mais profunda das minhas conclusões. A única forma de lidar com este mar de dor e sofrimento é não incorporar a sua vibração. Sem nos alhearmos da dor do mundo e sem regatearmos a nossa disponibilidade para ajudar o outro, devemos a meu ver gerir cuidadosamente o nosso pensamento e corpo emocional, não permitindo que a onda de lixo que varre o mundo e as sociedades penetre de modo devastador a nossa interioridade.
Educar a mente e gerir as prioridades emocionais deve seguramente ser um empenho diário.
É nisto que consiste a muito badalada noção de que somos criadores do nosso destino.
É esta, sem sombra de dúvida, a grande prova.
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