tag:blogger.com,1999:blog-8928986249839444213.post7641440477434607713..comments2023-05-06T15:07:30.345+01:00Comments on NOTAS À SOMBRA DOS TEMPOS: EGO – AS FRONTEIRAS DA SOBREVIVÊNCIA NO COLECTIVO Unknownnoreply@blogger.comBlogger1125tag:blogger.com,1999:blog-8928986249839444213.post-25674700472777824622017-08-14T13:45:29.789+01:002017-08-14T13:45:29.789+01:00Ken wilber: ..." Existe certa verdade na idei... Ken wilber: ..." Existe certa verdade na ideia do transcender o ego: não significa destruir o ego, mas, sim, conecta¡-lo a alguma coisa maior. Como afirma Nagarjuna, no mundo relativo, atman são real; no absoluto nem atman nem anatman são reais. Assim, em nenhum caso annatta corresponde a uma descrição correta da realidade. O pequeno ego não se evapora; permanece como o centro funcional da actividade no domínio convencional. Como eu disse, perder esse ego significa tornar-se um psicótico, não um sábio.<br />"Transcender o ego", significa, pois, em verdade, transcender mas incluir o ego num envolvimento mais profundo e mais elevado, primeiro na alma ou psiquismo mais profundo, depois na Testemunha ou Eu superior e, então, dá-se a absorção nos níveis precedentes, envolver-se, incluir-se e abraçar-se na radiância do eu original, One Taste - o estado de visão não-dual ou consciência da unidade. Um Sabor. E isto não significa, portanto, "livrar-se" do pequeno ego, mas, ao contrário, habitar nele plenamente, vivê-lo com entusiasmo, usa¡-lo como veículo necessário, através do qual as grandes verdades podem ser transmitidas. Alma e esprito incluem o corpo, as emoções e a mente; não os eliminam.<br />Grosseiramente, podemos dizer que o ego não é uma obstrução ao Esprito, mas uma radiosa manifestação do Esprito. Todas as Formas não são senão o Vazio, inclusive a forma do próprio ego. Não é necessário livrar-se do ego, mas, simplesmente, vivê-lo com certa intensidade. Quando a identificação transborda do ego no Cosmos em geral, o ego descobre que o Atman individual é, de fato, da mesma espécie de Brahman. O Eu superior não é, em verdade, um pequeno ego, e, assim, no caso de estarmos presos ao nosso pequeno ego, a morte e a transcendência são necessárias. Os narcisistas são, simplesmente, pessoas cujos egos não são ainda suficientemente grandes para abraçar o Cosmos inteiro e, para compensar, tentam tornar-se o próprio centro do Cosmos.<br />Não queremos que os nossos sábios tenham grandes egos; nem sequer desejamos que exibam qualquer característica evidente. Sempre que um sábio se mostra humano - a respeito de dinheiro, comida, sexo, relacionamentos - sentimo-nos chocados, porque estamos planejando fugir inteiramente da vida, e o sábio que vive a vida nos ofende. Queremos estar fora, queremos ascender, queremos escapar, e o sábio que assume a vida com prazer, vive-a totalmente, pega cada onda da vida e surfa nela até o fim - nos perturba e nos assusta intensamente, profundamente, porque significa que não, também, devêramos assumir a vida com prazer, em todos os níveis, e não simplesmente fugir dela numa nuvem etérea, luminosa. Não queremos que nossos sábios tenham corpo, ego, impulsos, vitalidade, sexo, dinheiro, relacionamentos ou vida, porque essas são coisas que habitualmente nos torturam e queremos vá-las longe de nós. Não queremos surfar as ondas da vida, queremos que as ondas desaparecerem. Queremos uma espiritualidade feita de fumaça.<br />O sábio completo, o sábio não-dual está aqui para mostrar-nos o contrário. Geralmente conhecidos como "tântricos", estes sábios insistem em transcender a vida, vivendo-a. Insistem em procurar libertação no envolvimento, encontrando o nirvana no meio do ciclo contínuo de nascimento e morte. Samsara, encontrando a libertação total pela completa imersão. Passam com consciência pelos nove círculos do inferno, certos de que em nenhum outro lugar encontrarão os nove círculos do cau. Nada lhes é estranho porque nada existe que não seja Um Sabor. rosaleonorhttps://www.blogger.com/profile/05254623322434027559noreply@blogger.com